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Ensino Jurídico - A Crise do Ensino no Direito e o Acesso à Justiça

Cód.: 9788589917674
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Descrição do produto

Autor: Vanderlei Portes de Oliveira
Isbn: 9788589917674
Editora: Letras Jurídicas
Assunto: Direito e Educação
Edição: 1ª Edição
Ano: 2012
Pág: 144
Formato: 16 x 23 Brochura

Sinopse

'Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Livros só mudam as pessoas.'

Mário Quintana

A apresentação de um livro, de ordinário, exige do apresentador um 'passeio' pela obra, capítulo por capítulo, explicando, resumidamente, cada um deles. Seria, por assim dizer, uma segunda introdução.
Não farei isso porque o tema tratado pelo Autor é tão instigante e aguça-me de tal forma que correria o risco da prolixidade. Por outro lado, os leitores interessados e, infelizmente, são poucos, pois, no Brasil preocupa-se com o chapéu, mas não com o conhecimento, no contato com a obra, de início, perceberão sua relevância.

Gostaria de dizer, sucintamente, então, que a obra do Mestre Vanderlei Portes de Oliveira é um desafio à situação de comodidade. Bem ao seu estilo de vida, visionário, digno, lutador a permitir arrebentar portas, quando elas não abrirem, o Autor demonstra com percuciência as mazelas do ensino jurídico, desde a grade curricular às aulas expositivas.

Publicar um livro é fácil! Ainda mais nos programas de pós-graduação, preocupados com o cumprimento de metas para não ser mal avaliado perante a CAPES. Tanto que, no setor privado, muitos deles embutem nas prestações ou exigem, com a aprovação, alto preço para 'viabilizar' a publicação da dissertação 'aprovada'. Fazer a crítica é difícil, porque as pessoas, por desconhecimento ou por maldade, mais por maldade, confundem o crítico 1 No sentido irônico tratado por Rubem Alves na sua célebre crônica 'O País dos Chapéus'. Com o que se está criticando. É preciso, acima de tudo, conhecimento e coragem. Conhecimento para criticar e coragem para enfrentar os covardes que se beneficiam da inocuidade do sistema.

No livro, o Autor enfrenta a questão do ensino jurídico e do acesso à justiça com os olhos voltados para a realidade. Sabe bem ele que o 'O culto das aparências leva ao desprezo da realidade'2 e fortalece um sentimento de paz mentiroso que oculta as contradições e os conflitos gerados pelo sistema jurídico injusto, a acomodar professores, alunos, juristas e profissionais na vala dos comuns, numa irracional e covarde crença de concórdia absoluta.

Muitos veem e não veem! 'Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem... Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver'3. O Autor vê! E pode ajudá-lo a ver também, caro leitor, basta ler sua excelente obra!


Benedito Cerezzo Pereira Filho
Mestre e Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná/UFPR, membro da Comissão do Novo Código de Processo Civil e Professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo/USP.

2 INGENIEROS, José. O homem medíocre. Trad. Alvanísio Damasceno. Curitiba: Livraria do Chain, s. d. p. 80.
3 ALVES, Rubem. A complicada arte de ver. In: Folha de São Paulo, 26.10.2004.